A autodefesa e a segurança pessoal das mulheres merecem ser tratadas com seriedade e respeito, porque, se feitas correctamente, podem ser altamente eficazes para ajudar as mulheres a prever, prevenir, identificar e evitar a violência, bem como aumentar as suas hipóteses de sobrevivência em caso de agressão física.
Não são apenas os homens que atacam as mulheres, as mulheres também atacam as mulheres, no entanto, isto raramente ou nunca é discutido.
Muitos encontros fisicamente violentos resultam de situações socialmente incómodas, no entanto, muitas autodefesas das mulheres são apresentadas como emboscadas ou ataques do tipo blitz, onde não existem fases ou fases anteriores, por exemplo, um agressor simplesmente salta de um esconderijo ou vem por trás sem qualquer aviso, etc., e embora esses tipos de agressão ocorram, eles são uma minoria e não devem ser apresentados como se fossem a norma. Saber como reconhecer a intenção de alguém e ser capaz de se livrar com segurança de uma conversa potencialmente perigosa sem gritar imediatamente “recue” e impor um limite visual/audivelmente é uma habilidade fundamental que precisa ser ensinada.
A violência é em grande parte social e, por isso, ensinar as pessoas a compreender e gerir encontros sociais precisa de fazer parte da formação de autodefesa das mulheres, em vez de simplesmente ensinar às mulheres o que fazer quando alguém as agarra por trás, etc.
Antes de qualquer atitude, analise a situação como um todo, de modo a investigar todas as variáveis que podem comprometer a sua tomada de ação.
Desenvolva a sua intuição para os perigos, a rapidez de raciocínio, visão periférica, coordenação psicomotora, a confiança e outras lembrando que estar em segurança é saber ter meios de neutralizar o perigo.
ARTES MARCIAIS PARA DEFESA PESSOAL
Algumas artes marciais podem ser praticadas para defesa pessoal, muitas delas são tanto benéficas para o corpo, como também para a mente, pois também estimulam a concentração e aumentam a confiança e autoestima, uma vez que podem ser utilizadas para defesa pessoal em qualquer situação de perigo.
Entretando aprender uma arte marcial focada na defesa pessoal, requer disciplina e constância. Não existe MÁGICA no assunto defesa pessoal. É necessário ter a conciência que sua habilidade de reação com segurança a um ataque de um agressor, vai exigir de você muita dedicação.
O ensido das artes marciais para defesa pessoal como o Krav Maga, vai abordar inicialmente situações simples como sair de uma situação onde o agressor segura suas mãos, ou te empura para trás. Porém a medida que os treinos evoluam serão trabalhado técnicas mais complexas envolvendo socos e chutes em pontos vitais.
Quem é vítima de violência doméstica passa muito tempo tentando evitá-la para assegurar sua própria proteção e a de seus filhos. As mulheres ficam ao lado dos agressores por medo, vergonha ou falta de recursos financeiros, sempre esperando que a violência acabe, e nunca para manter a violência.
A violência doméstica é um fenômeno que não distingue classe social, raça, etnia, religião, orientação sexual, idade e grau de escolaridade. Todos os dias, somos impactados por notícias de mulheres que foram assassinadas por seus companheiros ou ex-parceiros. Na maioria desses casos, elas já vinham sofrendo diversos tipos de violência há algum tempo, mas a situação só chega ao conhecimento de outras pessoas quando as agressões crescem a ponto de culminar no feminicídio.
Não existe um perfil específico de quem sofre violência doméstica. Qualquer mulher, em algum período de sua vida, pode ser vítima desse tipo de violência.
Brasil é o 5º no ranking de homicídios de mulheres. Todos os dias, um número significativo de mulheres, jovens e meninas são submetidas a alguma forma de violência no Brasil. Assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição, feminicídio.
Grande parte dos feminicídios ocorre na fase em que as mulheres estão tentando se separar dos agressores. Algumas vítimas, após passarem por inúmeros tipos de violência, desenvolvem uma sensação de isolamento e ficam paralisadas, sentindo-se impotentes para reagir, quebrar o ciclo da violência e sair dessa situação.
Muitas mulheres acreditam que suportar as agressões e continuar no relacionamento é uma forma de proteger os filhos. No entanto, eles vivenciam e sofrem a violência com a mãe. Isso pode ter consequências na saúde e no desenvolvimento das crianças, pois elas correm o risco não só de se tornarem vítimas da violência, mas também de reproduzirem os atos violentos dos agressores.
A violência sofrida pela mulher é um problema social e público na medida em que impacta a economia do País e absorve recursos e esforços substanciais tanto do Estado quanto do setor privado: aposentadorias precoces, pensões por morte, auxílios-doença, afastamentos do trabalho, consultas médicas, internações etc. Quando a violência existe em uma relação, ninguém pode se calar.
Se isso fosse verdade, eles também agrediriam chefes, colegas de trabalho e outros familiares, e não somente a esposa, as filhas e os filhos. A violência doméstica não é apenas uma questão de “administrar” a raiva. Os agressores sabem como se controlar, tanto que não batem no patrão, e sim na mulher ou nos filhos. Além disso, eles agem dessa maneira porque acreditam que não haverá consequências pelos seus atos.
Muitos homens agridem as suas mulheres sem que apresentem qualquer um desses fatores.
Referencias: